O aquecimento global acima do previsto e as consequências extremas são um alerta sobre a crise climática no mundo, agravada pela emissão de gases de efeito estufa. Fevereiro de 2024 é o mês mais quente da história, com temperatura média global do ar atingindo 13,54ºC, superando o ano de 2016, o mais quente dos fevereiros até então.

Por: Redação | Foto: Reprodução

O serviço de monitoramento do clima do observatório europeu Copernicus divulgou, nesta quinta-feira (07), mais um dado preocupante. O mundo registrou o 9º mês consecutivo com recorde de calor, sendo fevereiro de 2024 o período mais quente da história, com temperatura média global do ar atingindo 13,54ºC, superando o ano de 2016, o mais quente dos fevereiros até então.

Numa comparação, fevereiro de 2024 superou 0,12ºC em relação a 2016. Para o período entre 1991 a 2020, a tempertura está 0,81ºC superior e, em um cenário mais crítico, está 1,77ºC acima da média referente a era pré-industrial, ocorrida entre os anos de 1850 e 1900.

O aquecimento global acima do previsto e as consequências extremas são um alerta sobre a crise climática no mundo, agravada pela emissão de gases de efeito estufa. Em uma perspectiva local, a exemplo das queimadas ocorridas em Roraima, estado que enfrenta uma das piores estiagens das últimas duas décadas em razão da estiagem prolongada, intensificada pela mudança do clima e pelo fenômeno El Niño, além da proliferação de doenças causadas por mosquitos, como o Aedes aegypti, com aumento significativo de casos no Brasil e no mundo.

Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Corpenicus (C3S), alertou que a humanidade enfrentará inevitalmente novos recordes de temperatura global e suas consequências, a menos que haja uma estabilização nas concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera.