Além do reajuste, seguindo normas do arcabouço fiscal, o governo federal também anunciou nova regra para correção anual do valor que prevê aumento real limitado a 2,5% entre 2025 e 2030, montante acima da inflação

Por: Redação | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Começou a valer, nesta quarta-feira (01), o novo salário mínimo com reajuste de R$ 106 anunciado pelo governo federal. Com o aumento de 7,5% em relação ao piso de 2024 (R$ 1.412,00), o valor pago passa a ser de R$ 1.518 em 2025 e começa a ser depositado a partir de fevereiro.

Além do reajuste, seguindo normas do arcabouço fiscal, o governo federal também anunciou nova regra para correção anual do valor que prevê aumento real limitado a 2,5% entre 2025 e 2030, montante acima da inflação.

Conforme o governo federal, o cálculo levou em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro) e mais os 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ganho real acima da inflação. Cada R$ 1 de aumento do salário mínimo eleva a despesa governamental em cerca de R$ 32 milhões, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O salário mínimo influencia aposentados e benefícios sociais. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que cerca de 59 milhões de pessoas no Brasil têm rendimento ligado ao salário mínimo. Aproximadamente 19 milhões de aposentados e pensionistas recebem salário mínimo. Além disso, ele é piso para corrigir uma série de benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono salarial e o seguro-desemprego.