Por: Redação | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O Ministério do Trabalho divulgou, nesta quarta-feira (26), os dados parciais da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2024. O levantamento mostrou que houve um aumento de 4% nos empregos formais no setor privado em comparação ao ano anterior. Ao todo, até 31 de dezembro de 2024, foram registrados 46,27 milhões de vínculos ativos, 1,8 milhão de novos empregos a mais que 2023.

Houve avanços notáveis entre grupos específicos, como mulheres (+5,2%), que tiveram 949,9 mil novos vínculos, acima dos 847,8 mil registrados entre os homens. Considerando a faixa etária, a análise por idade apontou crescimento nos vínculos entre trabalhadores de 40 a 49 anos, com 491,4 mil novos vínculos (+4,7%). As faixas de 50 a 59 anos (+418,6 mil, +7,4%) e de 30 a 39 anos (+236,2 mil, +1,9%) também se destacaram. Os jovens de até 29 anos representaram 30,8% dos vínculos ativos, somando 14,2 milhões. Já as faixas de 30 a 59 anos concentraram 64,5%, somando 29,7 milhões de vínculos formais.

Avaliando por regiões, os dados mostram que o Sudeste concentrou a maior parte dos empregos formais em 2024, com 51% do total, seguida pelo Sul (18,4%) e Nordeste (16,4%). Apesar disso, o Norte (+5,7%), Nordeste (+4,9%) e Centro-Oeste (+4,4%) registraram os maiores crescimentos percentuais, acima da média nacional.

Entre os estados, o maior crescimento proporcional foi no Amapá (+9,7%), seguido por Amazonas (+8,1%), Rio Grande do Norte (+7,3%) e Roraima (+6,7%). Esses números refletem uma expansão significativa em várias áreas do país.

O setor de Serviços liderou a criação de postos de trabalho, seguido pelo Comércio e pela Indústria. Pequenas empresas com até quatro empregados representaram 57% dos estabelecimentos com vínculos formais. Já os grandes estabelecimentos, com 1.000 ou mais empregados, também tiveram crescimento significativo, com aumento de 7,1% nos vínculos.

Já em relação aos salários, a remuneração média no setor privado foi de R$ 3.706,90, sendo o maior valor registrado na Indústria (R$ 4.381,18). O Distrito Federal teve a maior média entre os estados, enquanto o Rio de Janeiro apresentou redução nos salários.

A Relação Anual do Mercado de Trabalho (RAIS) é um levantamento obrigatório, instituído pelo Decreto nº 76.900/75 e regulamentado pelos Decretos nº 10.854/21 e Portaria MTP nº 671/21, realizado pelos empregadores para monitorar vínculos formais no Brasil. Ela ajuda a garantir o cumprimento de leis trabalhistas, acompanhar o mercado de trabalho e fornecer dados para políticas públicas. Desde 2019, as informações estão sendo integradas ao eSocial, que simplifica a prestação de dados trabalhistas, fiscais e previdenciários.