Dados reforçam eficácia das ações preventivas, com mais de 11 mil testes realizados neste ano

Por: Redação | Foto: PMBV

Nesta sexta-feira (25), Dia Mundial de Luta contra a Malária, Boa Vista comemora um marco importante: em 2025, ainda não foram registrados casos da doença contraídos dentro da cidade, os chamados casos autóctones.

Conforme a gestão, as estratégias de controle como a oferta de testes rápidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o monitoramento de casos suspeitos e a aplicação de medidas preventivas têm sido fundamentais para manter a cidade livre da transmissão local.

De janeiro até agora, 11.702 exames já foram realizados na rede municipal de saúde, permitindo diagnóstico rápido e tratamento imediato dos casos vindos de outras regiões. No mesmo período do ano passado, foram 11.539 exames, com 30 casos autóctones confirmados. Os testes rápidos estão disponíveis em todas as UBSs, junto com o tratamento necessário.

Segundo Creomar Oliveira, supervisor geral de Malária, os poucos casos detectados este ano foram importados de outras regiões do estado e estão sob acompanhamento da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). “Uma das ações de combate que desenvolvemos é o monitoramento diário em locais com maior risco de transmissão. Quando há casos positivos, direcionamos ações específicas na região onde os pacientes residem”, explicou.

Para evitar surtos, equipes especializadas realizam a borrifação de inseticida em residências, a busca ativa de possíveis infectados e a aplicação de fumacê em áreas estratégicas quando necessário.

Essas medidas são essenciais para impedir a proliferação do mosquito transmissor, o Anopheles, presente em balneários, igarapés e rios, principalmente na região Norte. O risco é menor no período chuvoso, quando há menos circulação de pessoas nesses locais, e aumenta na estação seca.

Sintomas como febre, calafrios e dores no corpo devem ser investigados imediatamente. “Ao sentir qualquer sinal, é importante procurar uma UBS para fazer o teste. O diagnóstico e o tratamento são rápidos, e ainda monitoramos a região do paciente para evitar novos casos”, explica Creomar.