Implanon no SUS: 500 mil brasileiras devem receber o contraceptivo ainda este ano

Por: Redação | Foto:
O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, nos próximos meses, o implante subdérmico contraceptivo Implanon como parte das estratégias nacionais de planejamento reprodutivo. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde, deve ser oficializada por meio de portaria e prevê prazo de até 180 dias para entrar em vigor na rede pública.
A iniciativa está diretamente vinculada às metas nacionais de enfrentamento à mortalidade materna: reduzir em 25% os óbitos maternos gerais e em 50% entre mulheres negras até 2027. O plano estima a distribuição de 1,8 milhão de implantes até 2026, sendo 500 mil unidades entregues ainda este ano.
O Implanon é um pequeno bastão flexível inserido sob a pele do antebraço, com duração de até três anos. Ao liberar continuamente o hormônio etonogestrel — um derivado da progesterona — ele impede a ovulação e espessa o muco cervical, dificultando a fecundação. É considerado mais eficaz do que métodos como o anticoncepcional oral e o DIU, e não requer manutenção. A aplicação e retirada devem ser feitas por profissionais de saúde capacitados.
Com a chegada do Implanon, o SUS amplia o leque de opções para que pessoas possam escolher o método mais adequado às suas realidades. Já são ofertados:
- Pílulas orais combinadas e de progestagênio isolado
- Injeções mensais e trimestrais
- DIU de cobre
- Camisinhas masculinas e femininas
- Contracepção de emergência
- Esterilização cirúrgica (laqueadura e vasectomia)
- Método de amenorreia induzida pela lactação (válido até 6 meses pós-parto)
Além de garantir autonomia sobre o próprio corpo, o acesso facilitado a métodos contraceptivos de longa duração contribui para a prevenção de gravidez não planejada, melhora os indicadores de saúde materna e fortalece o direito à escolha — sobretudo entre populações historicamente mais vulnerabilizadas.