SRAG avança entre crianças em Roraima apesar de queda nacional

Por: Redação | Foto: Tony Winston/Agência Brasília
O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz, divulgado nesta quinta-feira (17), aponta uma tendência de queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em grande parte do país. Apesar da redução, os números continuam elevados, especialmente entre crianças pequenas e idosos — os grupos mais vulneráveis às complicações respiratórias.
Desde o início de 2025, o Brasil já registrou 7.660 mortes por SRAG, sendo que mais da metade (54,7%) foi causada por influenza A, principal responsável por hospitalizações e óbitos entre os idosos. A Covid-19 aparece como segunda causa (23,3%), seguida pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que afeta principalmente crianças pequenas.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, reforça a importância da vacinação: “Mesmo com a queda nos casos, a incidência ainda é alta. A vacina contra a gripe é essencial para evitar agravamentos e reduzir hospitalizações.”
Panorama nacional
- Todas as 27 unidades federativas apresentam tendência de queda ou estabilidade nos casos de SRAG nas últimas seis semanas.
- No entanto, a maioria ainda está em nível de alerta ou alto risco, com destaque para estados do Norte e Nordeste.
- Roraima é o único estado com aumento de SRAG em crianças pequenas, associado ao VSR.
- Minas Gerais e Pará mostram sinais de crescimento entre idosos, embora o vírus causador ainda não tenha sido identificado.
A baixa adesão à vacinação contra influenza e Covid-19 preocupa especialistas. Grupos como idosos e imunocomprometidos devem receber doses de reforço a cada seis meses. No Rio de Janeiro, há leve aumento de SRAG por Covid-19 entre idosos, sem impacto significativo nas hospitalizações.
O boletim também destaca que, entre crianças de 5 a 14 anos, o rinovírus supera a influenza A em número de internações, mas o VSR continua sendo o principal causador de casos graves.