Pediatras reforçam necessidade de ampliar licença-paternidade para 30 dias

Por: Redação | Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
Nesta terça-feira (05), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma carta aberta aos parlamentares brasileiros solicitando a aprovação de projetos de lei que visam ampliar a licença-paternidade. O pedido é para que o período seja estendido para, no mínimo, quatro semanas (30 dias).
A SBP se uniu à Coalizão Licença Paternidade (CoPai), um grupo de especialistas e entidades que defende a importância da participação ativa dos pais nos primeiros dias de vida dos bebês. A proposta do grupo é que a licença dure entre 30 e 60 dias, um período bem maior do que os atuais cinco dias previstos pela legislação brasileira.
De acordo com os pediatras, o modelo atual está defasado e não acompanha as evidências científicas. Eles argumentam que a presença do pai nos primeiros dias da criança traz benefícios significativos para a saúde e o desenvolvimento infantil.
A carta cita estudos que mostram que uma licença-paternidade de quatro semanas pode ajudar a apoiar o aleitamento materno e contribuir para o desenvolvimento neurocognitivo dos bebês. A SBP reforça que o cuidado com a criança é uma responsabilidade compartilhada, e a licença-paternidade não deve ser vista como um luxo.
O documento também menciona que muitos países já adotam modelos de licença parental compartilhada, que permitem uma divisão mais flexível do tempo de cuidado entre mães e pais. Para a SBP, a ampliação da licença é uma questão de “cuidado, saúde, desenvolvimento e, sobretudo, um direito de crianças e famílias que desejam começar a vida com mais afeto, apoio e dignidade”.