Maria, José, Silva e Santos seguem como os nomes mais comuns no Brasil, aponta IBGE
Por: Redação | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (4) a nova edição do levantamento Nomes do Brasil, atualizado com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. O estudo confirma que os nomes “Maria” e “José” continuam sendo os mais frequentes no país, enquanto “Silva” e “Santos” seguem liderando entre os sobrenomes.
De acordo com o levantamento, Maria é o nome mais comum do país, com 12.224.470 registros, representando cerca de 6% da população. Em segundo lugar aparece Ana, com 3,9 milhões de ocorrências, seguida por Francisca, Júlia, Antônia, Juliana, Adriana, Fernanda, Márcia e Patrícia.
Entre os homens, o nome José lidera com 5.141.822 registros, seguido por João (3,4 milhões), Antônio (2,2 milhões), Francisco, Pedro, Carlos, Lucas, Luiz, Paulo e Gabriel. O levantamento também mostra que os nomes mais tradicionais predominam entre pessoas mais velhas, enquanto nomes mais curtos e modernos, como Gael, Ravi e Valentina, cresceram rapidamente entre os nascidos após 2010.
Nos sobrenomes, o Silva aparece em 34 milhões de registros, ou 16% da população brasileira, mantendo a liderança nacional. Em seguida vêm Santos (21,3 milhões), Oliveira (11,7 milhões), Souza (9,1 milhões) e Pereira (6,8 milhões). Outros sobrenomes muito frequentes são Ferreira, Lima, Alves, Rodrigues e Costa. Em alguns municípios de Pernambuco e Alagoas, o sobrenome Silva está presente em mais de 60% da população.
A ferramenta interativa Nomes do Brasil permite consultar a frequência de nomes e sobrenomes por município, estado ou em todo o país, além de informações sobre a distribuição geográfica e a idade mediana das pessoas registradas. O banco de dados reúne mais de 140 mil nomes próprios e 200 mil sobrenomes, oferecendo uma visão detalhada das tendências de nomeação ao longo do tempo.
O levantamento também revela mudanças culturais refletidas nos registros civis. Enquanto nomes tradicionais, como Osvaldo e Terezinha, apresentam queda acentuada e idades medianas mais elevadas, nomes recentes como Gael e Helena tiveram crescimento expressivo na última década. Entre 2020 e 2022, foram registrados 96,5 mil recém-nascidos chamados Gael, número muito superior aos 763 registros observados na primeira década dos anos 2000.
Uma das novidades do estudo é a inclusão dos sobrenomes na análise e a criação do mapa interativo Nomes no Mundo, que permite comparar nomes mais comuns em diferentes países. O sistema indica, por exemplo, que o sobrenome chinês Wang aparece em cerca de 1,5 mil registros no Brasil, enquanto os nomes Juan e Juana, típicos da Bolívia, têm mais de 70 mil registros somados em território brasileiro.
Os dados respeitam o sigilo estatístico e não exibem nomes com menos de 20 ocorrências no país, garantindo a privacidade dos indivíduos. A coleta foi feita com base nas listas de moradores informadas pelos entrevistados do Censo em 1º de agosto de 2022. As grafias foram mantidas conforme declaradas, sem diferenciação de acentos ou sinais diacríticos, o que significa que nomes como Tamara e Tâmara são contabilizados juntos.
Com a atualização, o IBGE reforça como nomes e sobrenomes refletem transformações sociais e culturais. Apesar das novas tendências, Maria, José, Silva e Santos seguem firmes como marcas registradas da identidade brasileira.

