Segunda noite do Boa Vista Junina 2025 emociona com enredos de resistência e crítica social

Por: Redação | Foto: PMBV


A segunda noite do concurso de quadrilhas do Boa Vista Junina 2025, realizada na quarta-feira (4), foi marcada por apresentações que exaltaram a cultura popular, trazendo enredos que abordaram temas como fé, resistência, esperança e crítica social.

Para o diretor do concurso, Chiquinho Santos, as quadrilhas desempenham um papel essencial na educação cultural do público. “Os grupos apresentam temas que muitas vezes são desconhecidos pelo público. A forma lúdica e criativa como essas histórias são contadas gera interesse e reflexão”, destacou.

Grupo de Acesso: narrativas de luta e tradição

Quadrilha Coração Alegre trouxe o o tema “Brado de um povo guerreiro”

Abrindo as apresentações, a Quadrilha Coração Alegre, da comunidade Sucuba (Alto Alegre), superou desafios técnicos e emocionou com o tema “Brado de um povo guerreiro”, exaltando a resistência indígena na preservação de suas tradições.

Quadrilha Sinhá Benta levou 20 casais para apresentação do tema “Quilombo”

Em seguida, a Quadrilha Sinhá Benta trouxe o enredo “Quilombo”, narrando uma história de amor e libertação entre uma mulher escravizada e o filho do senhor de engenho, refletindo sobre a luta contra o racismo e a intolerância religiosa.

Matuta Encantá levou ao público o tema “Um amor a seguir, o começo de uma nova história”,
 inspirada na trajetória de Anita e Giuseppe Garibaldi.

Fechando as apresentações do Grupo de Acesso, a Matuta Encantá encantou o público com “Um amor a seguir, o começo de uma nova história”, inspirado na trajetória de Anita e Giuseppe Garibaldi, homenageando a cultura gaúcha e destacando a solidariedade diante das enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.

Grupo Especial: reflexões sobre liberdade e justiça social

A Escola Forrozão emocionou o público com o tema “Asas da Liberdade”, que retratou a saga de Papillon

No Grupo Especial, a Escola Forrozão brilhou com “Asas da Liberdade”, contando a saga de Papillon, um homem condenado injustamente que luta por sua liberdade, simbolizada pela borboleta, representada em tons vibrantes.

A Quadrilha Garranxê emocionou o público com o enredo “A Lágrima que Floresce”,
onde retratou a maior seca da história do Nordeste

Já a Quadrilha Garranxê emocionou com “A Lágrima que Floresce”, abordando a seca de 1997 no Nordeste. O espetáculo começou com quadrilheiros representando a escassez de água e alimento, até a chegada da Rainha da quadrilha, que trouxe esperança ao sertão.

A Quadrilha Amor Caipira levou ao tablado o espetáculo “Sucupira – Um Lugar Onde Tudo Pode Acontecer”

Encerrando a noite, a Quadrilha Amor Caipira divertiu o público com “Sucupira – Um Lugar Onde Tudo Pode Acontecer”, baseada na obra O Bem-Amado, de Dias Gomes. Com humor e crítica política, a apresentação satirizou a gestão do fictício prefeito Odorico Paraguaçú, levando um espetáculo irreverente ao tablado.

Programação desta quinta-feira (5), a partir das 19h

  • Quadrilha Estrela Junina – Grupo de Acesso
  • Quadrilha Evolução Junina – Grupo de Acesso
  • Quadrilha Arrasta Pé – Grupo de Acesso
  • Quadrilha Tradição Macuxi – Grupo Especial
  • Quadrilha Xamego na Roça – Grupo Especial
  • Quadrilha Zé Monteirão – Grupo Especial

Comente

Seu e-mail não será publicado. Campos obrigatórios *.