Iniciativa busca combater a pobreza menstrual e garantir dignidade a mulheres em situação de vulnerabilidade

Por: Redação | Foto: Conexão Boa Vista

A campanha “Adote um Ciclo”, realizada pelo Instituto Ela – Educadoras do Brasil em parceria com o Instituto Yduqs e instituições de ensino superior, foi prorrogada até o dia 10 de maio. O objetivo é reduzir os impactos da pobreza menstrual para mulheres em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes precisam faltar à escola ou ao trabalho por falta de acesso a itens básicos de higiene.

A falta de acesso a produtos de higiene menstrual afeta milhões de mulheres no mundo, afetando diretamente sua qualidade de vida, educação e oportunidades. No Brasil, 713 mil meninas vivem sem banheiro ou chuveiro em casa, e mais de 4 milhões enfrentam dificuldades para obter absorventes nas escolas, segundo estudo do UNICEF e UNFPA (2021).

A campanha reúne universidades e instituições como Estácio, Ibmec, IDOMED e Wyden, com apoio de estudantes, docentes e da comunidade em geral. Em Roraima, as doações podem ser feitas presencialmente no campus da Estácio e em pontos estratégicos, como IEL, Sebrae Roraima, Assembleia Legislativa, OAB-RR e Faperr, ou de forma online, pelo site oficial da campanha eu.ajudei.org/institutoyduqs/adote/site.

A professora Valéria Wanda Fonseca, da Estácio, destaca que a iniciativa vai além da doação: “Garantir a saúde é um ato de amor e acolhimento às mulheres que enfrentam desafios econômicos e sociais.”

Pobreza menstrual em debate

A luta contra a pobreza menstrual ganhou força no Congresso Nacional. Com mais de 20 mil apoios populares, foi aprovada a Lei 14.214/2021, que institui o Programa Nacional de Proteção à Saúde Menstrual. A medida garante distribuição gratuita de absorventes para estudantes carentes, mulheres vulneráveis e detentas.