Alunos de medicina de baixa renda poderão se inscrever em programa de permanência estudantil
Por: Redação | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Estudantes de medicina em situação de vulnerabilidade social terão um novo apoio financeiro para seguir nos estudos. O Ministério da Educação lançou o Programa de Bolsa Permanência vinculado ao Programa Mais Médicos (PBP-PMM), voltado para alunos de baixa renda matriculados em cursos de medicina autorizados pelo programa.
A iniciativa foi oficializada por meio da Portaria nº 655/2025, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 22 de setembro. O objetivo é garantir que estudantes com dificuldades econômicas possam concluir a graduação com mais estabilidade, cobrindo parte dos custos acadêmicos e de vida.
Para ter acesso ao benefício, o estudante precisa estar inscrito e com cadastro ativo no CadÚnico, sistema que reúne informações sobre famílias de baixa renda. No caso de alunos de instituições particulares, é necessário ser bolsista integral, com o benefício concedido pela própria faculdade. Além disso, o curso deve estar credenciado pelo Mais Médicos.
Outros critérios incluem não ter concluído nenhum curso superior anteriormente, não ser beneficiário de outra bolsa de permanência federal (como a oferecida por universidades públicas) e ter renda familiar bruta mensal por pessoa de até 1,5 salário mínimo, o equivalente a R$ 2.277 em 2025.
O cadastro para concorrer à bolsa deve ser feito no Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), acessível com login do portal Gov.br. . É necessário anexar documentos que comprovem a renda e a matrícula ativa, além de assinar um termo de compromisso.
A seleção dos estudantes será feita pelas próprias instituições de ensino superior, com prioridade para aqueles com menor renda familiar e que tenham cursado o ensino médio em escolas públicas. No caso das universidades federais, os alunos que ingressaram por meio de cotas sociais terão preferência.
O valor da bolsa será definido pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mas não poderá ser inferior ao de uma bolsa de iniciação científica, atualmente fixada em R$ 700. O pagamento será feito diretamente ao estudante, após confirmação mensal da matrícula pela instituição.
A bolsa pode ser acumulada com outras, desde que o valor total não ultrapasse 1,5 salário mínimo por mês. No entanto, o benefício pode ser cancelado em casos como trancamento de matrícula, perda da bolsa integral, troca de curso ou instituição, baixo desempenho acadêmico ou fornecimento de informações falsas.

