Anvisa interdita novamente pasta de dente Colgate após relatos de reações adversas

Por: Redação | Foto:  Colgate/Divulgação


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a interditar cautelarmente a pasta de dente Colgate Total Clean Mint, após a própria fabricante retirar o recurso que pedia a suspensão da medida. A interdição, inicialmente determinada em 27 de março de 2025, foi motivada por relatos de consumidores que relataram reações adversas ao uso do produto, como inchaço nos lábios, irritações bucais e sensação de queimação.

A substância fluoreto de estanho, presente na fórmula do creme dental, é apontada como possível causa dos efeitos indesejáveis. Embora tenha propriedades antimicrobianas e anticárie, alguns usuários relataram desconforto após o uso. A Anvisa reforçou que, apesar da interdição, não há determinação de recolhimento do produto, mas ele não deve ser comercializado ou exposto para venda enquanto a medida estiver em vigor.

A agência também publicou um alerta sanitário, recomendando que consumidores fiquem atentos a sinais de irritação e interrompam o uso caso percebam qualquer reação adversa. Profissionais de saúde devem monitorar possíveis alterações bucais em pacientes e orientar sobre alternativas seguras. Além disso, fabricantes são instruídos a garantir que a rotulagem dos produtos contenha informações claras sobre possíveis reações e instruções de uso adequadas.

A Colgate Brasil, por sua vez, afirmou que está comprometida com a qualidade e segurança de seus produtos e se colocou à disposição para atender consumidores que tenham dúvidas ou enfrentaram problemas com o creme dental. A empresa disponibilizou um canal de atendimento para esclarecimentos e reforçou que segue os padrões exigidos por órgãos regulatórios.

A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária para proteger a saúde da população e permanece vigente enquanto são realizados testes e análises para investigar os relatos de efeitos adversos. A Anvisa recomenda que consumidores que apresentarem sintomas procurem um profissional de saúde e que eventuais reações sejam notificadas por meio do sistema e-Notivisa, utilizado para monitoramento de eventos adversos relacionados a produtos de saúde

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