Com casos confirmados, estados do Norte reforçam prevenção contra mpox

Por: Redação | Foto: Divulgação – Ascom Sesau RR
A região Norte do Brasil segue monitorando casos de mpox, com registros em estados como Amazonas, Pará e Roraima. Entre 1º de janeiro e 30 de abril, o Amazonas notificou 63 casos da doença, dos quais 33 foram confirmados e 29 descartados. Até o momento, não há registro de óbitos no estado. No Pará, foram confirmados 19 casos no mesmo período, sendo 14 em Belém e os demais em Ananindeua e Marituba, além de um caso importado.
Em agosto de 2024, a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau) emitiu um alerta epidemiológico para intensificar o monitoramento da mpox nos 15 municípios do estado. A medida foi adotada após a confirmação laboratorial de um caso suspeito em Boa Vista, no final daquele mês.
O Ministério da Saúde também confirmou, em março de 2025, o primeiro caso da cepa 1b da mpox no Brasil, em uma paciente da região metropolitana de São Paulo que teve contato com um familiar vindo da República Democrática do Congo, país que enfrenta um surto da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada sobre o caso, e medidas de vigilância epidemiológica foram reforçadas para evitar a disseminação da doença. Até o momento, não foram identificados casos secundários.
A mpox é causada pelo vírus Monkeypox e pode ser transmitida pelo contato direto com lesões de pele, fluidos corporais ou objetos contaminados. Além da transmissão entre pessoas, a doença também pode ser adquirida em áreas onde o vírus circula entre animais selvagens, tornando o contato com animais infectados um fator de risco para humanos.
O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
Para facilitar o acompanhamento da evolução da doença, o Ministério da Saúde lançou um painel de monitoramento com indicadores epidemiológicos e a distribuição geográfica dos casos no Brasil.
As autoridades sanitárias recomendam medidas preventivas para reduzir o risco de infecção. Entre elas estão:
- Evitar contato direto com lesões de pele ou fluidos corporais de pessoas infectadas;
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel;
- Praticar sexo seguro e estar atento a sinais suspeitos;
- Manter a etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar;
- Usar máscaras em locais fechados e mal ventilados;
- Seguir rigorosamente as medidas de higiene pessoal.
Além disso, especialistas reforçam que identificar os sintomas precocemente e buscar atendimento médico imediato em uma unidade básica de saúde (UBS) são atitudes fundamentais para conter a propagação do vírus e garantir um tratamento adequado.