Cyberbullying atinge 13,2% dos adolescentes brasileiros

Por: Redação | Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
O cyberbullying, ou bullying virtual, aquela famosa “zoeira” que ultrapassa os limites nas redes sociais, é um problema que não para de crescer no Brasil. Seja com ofensas, exposição de imagens ou até comentários maldosos, essa prática está impactando a vida de muita gente, principalmente jovens e adolescentes.
Em 2024, dados do Colégio Notarial do Brasil (CNB) apontaram aumento de 14% dos casos de cyberbullying em relação ao ano anterior, totalizando mais de 145 mil ocorrências. Esse crescimento, impulsionado pelo uso constante da internet, chamou a atenção das autoridades e levou à criação de medidas mais rigorosas.
Pra tentar resolver, no ano passado, o governo criou a Lei nº 14.811/2024, criminalizando a prática com pena de até quatro anos de prisão e multa. A legislação também determinou que escolas adotem iniciativas preventivas voltadas à proteção dos estudantes. No entanto, a implementação desses programas enfrenta obstáculos que dificultam sua eficácia na prática.
Recentemente, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o IBGE mostrou que 13,2% dos adolescentes entre 13 e 17 anos já passaram por essa situação. As principais vítimas são meninas, alunos de escolas públicas e jovens com problemas familiares, e a maioria dos ataques acontece em redes sociais e aplicativos de mensagens. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão no topo do ranking dos estados com mais casos.
Para ajudar no combate, iniciativas como o “Escola Sem Bullying”, da Abrace – Programas Preventivos, vem atuando na capacitação de professores e instituições na criação de um ambiente mais seguro e acolhedor. Ações como a Semana de Prevenção ao Bullying também têm reforçado a conscientização de alunos, pais e professores sobre o problema.
Com o aumento constante dos casos, os especialistas alertam que o enfrentamento do cyberbullying vai além da criação de leis. É necessário esforço coletivo que envolva respeito, empatia e a educação para o uso consciente da internet e promoção da rede virtual em um espaço seguro e educativo, livre de violência e intolerância.