Por: Redação | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de mulheres baleadas por parceiros ou ex-parceiros aumentou drasticamente em 2025. Segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado, ao menos 29 casos de feminicídio ou tentativa de feminicídio com arma de fogo foram registrados até a primeira quinzena de agosto em 57 municípios brasileiros, um salto de 45% em relação ao mesmo período de 2024.

A maioria das vítimas não resistiu: 22 mulheres morreram, o que representa 76% dos casos. No ano anterior, foram 20 baleadas, com 12 mortes. O principal cenário dos crimes foi o ambiente doméstico: 15 mulheres foram atingidas dentro de casa. Bares também aparecem como locais recorrentes, com cinco casos.

O perfil dos agressores reforça o padrão de violência íntima. Em 86% dos casos, os autores foram companheiros ou ex-companheiros. Em sete ocorrências, os agressores eram agentes de segurança pública.

A região metropolitana do Recife lidera o ranking com nove vítimas, seguida pelo Rio de Janeiro com quatro. Jaboatão dos Guararapes registrou três casos. Belém, Camaçari, Duque de Caxias e Simões Filho tiveram dois casos cada. Já Abreu e Lima, Magé, Maricá, Mesquita e Nova Iguaçu registraram um caso cada.

O aumento dos casos revela uma realidade brutal: o lar, muitas vezes, é o lugar mais perigoso para mulheres. E o uso de armas de fogo torna a violência ainda mais letal. Os dados reforçam a urgência de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres, ao controle de armas e à responsabilização dos agressores.