Roraima segue monitorado por alta de casos respiratórios em crianças

Por: Redação | Foto: Rodrigo Méxas/Fiocruz


O mais recente boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), acende um alerta para a saúde infantil em Roraima. Embora o cenário nacional mostre uma queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em geral, o estado, junto com Amazonas e Rio Grande do Norte, registrou um aumento de casos de SRAG em crianças pequenas, associados principalmente ao vírus sincicial respiratório (VSR).

O VSR é o mesmo vírus que, no cenário nacional, está em queda na maior parte do país, assim como a Influenza A. No entanto, o boletim da Fiocruz destaca que a situação em Roraima e em outros estados específicos merece atenção especial das famílias e autoridades de saúde.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGRipe, reforça a importância da vacinação como principal medida de prevenção. “É importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19 e a influenza, já que essa é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, recomenda.

Apesar da tendência de queda em âmbito nacional, a pesquisadora aponta que o número de casos de SRAG em crianças e idosos ainda permanece alto nas últimas semanas.

O período chuvoso, que aumenta a incidência de síndromes respiratórias, exige atenção redobrada. Além de manter a vacinação em dia, é crucial adotar medidas como o isolamento em caso de sintomas de gripe ou resfriado. Se não for possível se isolar, o uso de máscaras é altamente recomendado, especialmente em locais fechados e com aglomeração de pessoas.

Em Boa Vista, capital de Roraima, também se observa esse aumento preocupante. A cidade aparece entre as poucas capitais brasileiras com atividade de SRAG em risco ou alerta nas últimas semanas, reforçando os dados de boletins anteriores que já indicavam essa tendência. A prevalência do VSR em crianças de até dois anos e o impacto direto nos atendimentos hospitalares mantêm a região em atenção constante.

Os dados do boletim, que cobrem a semana de 20 a 26 de julho, mostram que o VSR foi o vírus mais prevalente entre os casos positivos de SRAG no Brasil nas últimas quatro semanas epidemiológicas, respondendo por quase 48% das ocorrências, seguido pelo rinovírus e pela Influenza A.

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