Por: Redação | Foto: Reprodução/Instituto Villamil

O Ministério da Saúde (MS) anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de duas novas tecnologias para prevenção contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, como a bronquiolite.

A tecnologia recomendada inclui a vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B, aplicada em gestantes para proteger os bebês ainda nos primeiros meses de vida, e o anticorpo monoclonal nirsevimabe, indicado para bebês prematuros e crianças com comorbidades com idade de até 2 anos.

O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal que fornece proteção imediata contra o VSR, sem necessidade de estimular o sistema imunológico da criança a produzir seus próprios anticorpos. Isso o torna especialmente útil para bebês prematuros e crianças com menos de dois anos que apresentam comorbidades.

Já a vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B induz uma resposta imunológica na mãe, garantindo que o recém-nascido receba anticorpos já na gestação, oferecendo proteção nos primeiros meses de vida, período de maior vulnerabilidade.

Conforme reforça o MS, a estratégia combinada para gestantes pode evitar cerca de 28 mil internações anuais e proteger aproximadamente 2 milhões de bebês em seus primeiros meses de vida, idade mais vulnerável a complicações. 

“A introdução dessas tecnologias representa um avanço significativo na proteção das nossas crianças, com redução das internações diante do alto número de casos. É um marco da nossa política de imunização e no cuidado de gestantes e bebês”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A incorporação da vacina tem previsão para iniciar no primeiro semestre de 2025, seguindo os trâmites estabelecidos pelo Decreto nº 7.646/2011 e pela Lei nº 8.080/1990, que preveem prazo de até 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, para conclusão.