Por: Redação | Foto: Giovani Oliveira

A capital de Roraima viveu seis dias de festa intensa com a edição especial de 25 anos do Boa Vista Junina, considerado o Maior Arraial da Amazônia. O evento reuniu um público total de 323 mil pessoas e terminou em grande estilo na noite de domingo (8), com um show inédito da dupla sertaneja Maiara e Maraisa, que estrearam na cidade e encantaram cerca de 150 mil pessoas na última noite.

Conhecidas como “Gêmeas da Sofrência”, as cantoras abriram a apresentação com músicas marcantes em parceria com Marília Mendonça, como Esqueça-me Se For Capaz e Bebaça. O público também cantou em coro sucessos como Medo Bobo, Narcisista e 10%. Foi a primeira vez da dupla em Boa Vista, e elas agradeceram a recepção calorosa. “Estamos muito felizes de estarmos aqui pela primeira vez. Foi uma noite inesquecível”, afirmaram.

O presidente da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec), Dyego Monnzaho, avaliou o evento como um sucesso, destacando a presença de artistas nacionais pouco frequentes na região e a segurança durante toda a programação.

Tradição, cultura e participação popular

Além das atrações musicais, o Boa Vista Junina se destacou por promover a cultura local com concursos de quadrilhas, apresentações folclóricas, incentivo ao empreendedorismo e valorização de figuras históricas da festa.

Neste ano, o tablado principal recebeu o nome de Chiquinho Santos, um dos idealizadores do evento e figura importante no movimento junino em Roraima. A homenagem reconheceu a contribuição de Chiquinho Santos, figura emblemática do Boa Vista Junina, por sua dedicação ao evento e ao movimento quadrilheiro de Roraima.

“A voz do Chiquinho é a voz do Boa Vista Junina, e esse tablado agora carrega seu nome como símbolo de sua dedicação e contribuição”, afirmou o prefeito Arthur Henrique.

A competição de quadrilhas reuniu 24 grupos divididos entre os grupos Especial e de Acesso. A campeã do Grupo Especial foi a quadrilha Eita Junino, que emocionou o público com o tema “A Arte de quem vive da Fé”, homenageando artesãos religiosos.

No Grupo de Acesso, o destaque foi a quadrilha Filhos de Macunaíma, de Normandia, que conquistou o primeiro lugar com um tributo ao forrozeiro Zerbine Araújo.

Pódio do Boa Vista Junina

Grupo Especial

1º lugar – Eita Junino

2º lugar – Agitação

3º lugar – Zé Monteirão

Grupo de Acesso

1º lugar – Filhos de Macunaima

2º lugar – Coração de Estudante

3º lugar – Evolução Junina

Grupo Emergente

1º lugar – Beija-Flor

2º lugar – Guerreiros de Jorge

3º lugar – São Vicente

Prêmio Técnico Grupo de Acesso

Cenografia – Filhos de Macunaima

Iluminação Técnica – Filhos de Macunaima

Visagismo – Filhos de Macunaima

Prêmio Técnico Grupo Especial

Cenografia – Coração Caipira

Iluminação Técnica – Garranxê

Visagismo – Eita Junino

Recorde da Maior Paçoca do Mundo e geração de renda

Um dos momentos mais aguardados foi a tradicional pesagem da Maior Paçoca do Mundo. Neste ano, a iguaria típica de carne com farinha e banana bateu um novo recorde: 1 tonelada e 547,5 quilos. As porções foram distribuídas a mais de 18 mil pessoas, em um gesto que celebra a culinária regional e o espírito comunitário do evento.

Além do lazer e da valorização cultural, o evento também movimentou a economia local. Mais de 180 empreendedores comercializaram produtos típicos, artesanato e alimentos. A iniciativa gerou cerca de 1.500 empregos diretos e mais de 5 mil indiretos, fortalecendo o comércio e os pequenos negócios.

Segurança e estrutura ampliada

A edição de 2025 também foi marcada pela ampliação da estrutura física do evento, com a expansão da Arena Junina na Praça Fábio Marques Paracat. Toda a área foi coberta para garantir conforto e segurança aos participantes. Segundo o prefeito Arthur Henrique, a festa ocorreu sem ocorrências graves e reforçou seu caráter familiar.