Lembrancinhas vivas: Mãe e filha veem na paixão por plantas ornamentais uma oportunidade de empreender em RR

Apesar do empreendimento ter surgido como um hobby, elas não pensam em deixar de lado e conciliam o negócio com as demais rotinas

Por: Bruna Cássia e Isaque Santiago | Fotos: arquivo pessoal

A mudança na rotina imposta pela pandemia de Covid-19 fez com que a estudante de Psicologia e servidora pública Lua Beatriz e a mãe dela, Alessandra Jimenez, vissem a paixão por plantas ornamentais como uma oportunidade de empreender. A casa onde elas vivem é repleta de plantas e com o lockdown, elas passaram a cuidar cada vez mais delas.

“Minha mãe sempre gostou muito de plantas, em especial cactos, e por associação fui pegando gosto também em cuidar. Quando começou a pandemia, fomos obrigadas a sair de toda a rotina, e ficarmos em casa. Como tínhamos muitas mudas de cactos que já éramos nossos, começamos a vender para pessoas próximas”, relatou Lua.

Alessandra e Lua iniciaram o empreendimentos juntas.
Foto: arquivo pessoal

Com o aumento na demanda, elas resolveram criar uma loja. “Uma pessoa foi falando pra outra, e de repente várias pessoas mandavam mensagens atrás das plantas, foi aí que tive ideia de criar a loja, fazer o Instagram, divulgar nas redes sociais”, disse.

A loja nasceu de fato em junho de 2020. No final daquele ano, uma cliente comprou vários mini cactos pra dar de lembrança na ceia de natal, foi então que surgiu a ideia de fazer as lembrancinhas vivas. “Essa cliente nos deu essa ideia de começarmos a personalizar e enfeitar os mini cactos. Busquei ideias, inspirações, e comecei a colocar em prática”, lembrou Lua.

Ela conta que a primeira divulgação das lembrancinhas vivas foi um sucesso, as pessoas abraçaram a ideia, e este segmento passou a ser o maior sucesso em vendas do empreendimento. “A gente faz a encomenda personalizada de acordo com o evento da cliente, com o tema da festa, todas elas são específicas pra cada cliente”, detalhou.

No início de tudo, Lua e Alessandra tinham uma disponibilidade de tempo maior para atender aos clientes. Com a retomada gradual da rotina anterior à pandemia, a estudante de psicologia retomou as aulas na faculdade e o trabalho.

Foto: arquivo pessoal

“Durante o período crítico da pandemia, eu e minha mãe ficávamos em casa 24 horas e atendíamos a qualquer hora do dia, sempre seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Hoje, atendemos com hora marcada, a hora que for melhor pra pessoa e que tenha um brecha na minha rotina, seja pela manhã, tarde ou noite. E agora com o tempo apertado, nós pedimos no mínimo 10 dias de antecedência na encomenda das lembrancinhas vivas, mas nem sempre acontece. Às vezes, pegamos encomendas grandes pra daqui dois dias e viramos a noite, vamos fazendo durante as brechas do dia, mas entregamos com a mesma qualidade de sempre”, disse.

Com a volta a rotina, muitas pessoas perguntaram se elas deixariam a loja de lado, já que o empreendimento surgiu com o propósito de ser um hobby para passar o tempo durante a quarentena. “A ideia de fechar a loja nem passa pelas nossas cabeças. Hoje em dia ela é muito mais que isso, é uma forma de qualidade de vida mesmo, amamos o que fazemos”, relatou emocionada.

Além de ter se tornado uma fonte de renda, a paixão e o cuidado pelas plantas também é uma terapia para mãe e filha. “Acho que é um consenso pra todas as pessoas que cuidam e gostam de plantas, que esse processo é uma terapia, e de fato, pra mim começou assim. Hoje, de volta a rotina, além de ser uma renda extra ainda me ajuda muito no processo da saúde mental, tenho ansiedade e encontrei nisso uma forma de me acalmar, de ter meu tempo livre fazendo algo que eu goste e que preenche meus dias”, relatou.

O conselho de Lua para quem deseja empreender é que se arrisque. “Sei que tem muitos pontos a serem pensados, e eu mesma tive muito medo e demorei até de fato ter coragem de criar a loja. Mas você tem que escolher um ramo que você goste de trabalhar, acho que é fundamental, pois você vai fazer aquilo com amor. Fazer pesquisas de mercado, de saída, e aos poucos ir se adequando com o que as pessoas gostam. Hoje, por exemplo, o meu foco principal são as lembranças vivas, porque foi algo que eu percebi que as pessoas amam, e é uma forma de lembrancinha linda para eventos”, concluiu.

Foto: arquivo pessoal

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