Minhas metas para 2023

Por: Raphaela Queiroz


Todo final de ano é a mesma coisa. Assim como a maioria das pessoas, começo a estabelecer metas. Dentre elas: ter uma vida mais saudável, agir mais e, principalmente, equilibrar a vida finanças.

Ao fazer uma autorreflexão, observo que muitas coisas evolui em termos de Saúde: Há anos não tomo refrigerante e evito comer fritura, mas largar o doce, em especial, o chocolate é um dos desafios.

Ao longo dos anos, notei que uso a comida como válvula de escape. Se estou triste, como. Se estou feliz, como. Se estou estressada e na correria, como. Identificar é o primeiro passo para buscar o equilíbrio. Mas, o processo para chegar a esse ponto é bem difícil. Libertar-se de velhos hábitos também. Somos programados para ter rotina. Ao acostumarmos em fazer sem pensar, no automático, acabamos escravos da mente.

Faço exercícios, mas o resultado só chegamos por meio do controle mental. São escolhas diárias. Portanto, em 2023, a meta é investir em terapia e buscar substituir a comida por outros tipos de prazeres benéficos, principalmente, no horário gatilho, que é depois do almoço.

Ter um hobby, contato com a natureza, meditar, fugir da rotina são boas alternativas para lidar com as obrigações diárias, que muitas vezes, nos atropelam e nos fazem esquecer de cuidar de nós mesmos.

Outra meta é agir mais. Sou uma pessoa que sonha muito e age pouco. Quando vejo, não fiz nada. Não faço por preguiça. Descobri que meu perfeccionismo é gigante e me sabota a alcançar os meus sonhos. Tenho medo de não ser excelente, das pessoas não gostarem do meu trabalho e de não me achar a mais preparada. Assim, deixo tudo para depois. Estou lendo o livro “A Coragem de Ser Imperfeito”, da Brené Brown, e está sendo um divisor de águas na minha vida. A autora estuda a Vulnerabilidade e aborda a necessidade de nós, enquanto Seres Humanos, precisamos ter coragem de sermos nós mesmos, em mostrarmos as nossas fraquezas e as nossas qualidades. Ela destaca a necessidade de falarmos mais sobre nossos sentimentos e emoções, pois só assim seremos indivíduos plenos.

Esse livro tem me dado insights poderosos e buscarei ser mais vulnerável, mesmo que seja doloroso. É o famoso: “Vai com medo mesmo”, sabe?.  

Além de agir mais, o meu objetivo principal é equilibrar as finanças.  Não está fácil viver em um período de inflação pós-pandemia. Os preços estão altíssimos e parte do mundo está em guerra.  Ter autocontrole (sem exagero), anotar os gastos e buscar um padrão de vida menor do que você recebe é desafiador, principalmente, com tanto apelo ao consumo. Para não ceder à tentação desse excesso de estímulos ao consumo é preciso recorrer à Psicologia, afinal, por meio do autoconhecimento você encontra o que verdadeiramente te faz feliz e os motivos por trás de uma compra impulsiva.

Como podem perceber, as minhas metas convergem a um ponto em comum: autoconhecimento, controle da mente e equilíbrio emocional. Esse tripé é fundamental para encontrarmos a nossa melhor versão. Na busca de ser alguém melhor, não esqueça de ter  autocompaixão durante as derrapadas e respeitar o seu processo de aprendizado.

Que 2023 seja um ano em que todos nós estejamos dispostos a sermos mais vulneráveis. Falarmos de nós, sem medo de julgamento. Dei meu primeiro passo em me expor ao escrever esse texto.

Raphaela Queiroz, Jornalista, acadêmica de Psicologia e autora do blog damorida.com.br.

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