Problemas estruturais da saúde estadual e demora para cirurgias eletivas é tema de debate em sessão da ALE-RR
Também foi citada a falta de equipamentos essenciais para exames importantes e urgentes para população
Por: Kátia Bezerra | Foto: arquivo
Durante sessão plenária desta quarta-feira (13), o deputado Nilton Sindpol (Patri) fez um apanhado dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, da qual é vice-presidente, e criticou problemas estruturais da área, principalmente em relação à demora para a realização de cirurgias eletivas.
“Que nossa população possa ter essas cirurgias realizadas com mais celeridade. A saúde pública, que é dever do Estado, não está sendo cumprida. É uma situação insustentável. Essas pessoas esperam há anos. Não podemos admitir que o provisório se torne permanente”, denunciou.
Nilton Sindpol falou sobre os altos salários dos médicos e relembrou que foi autor do requerimento convocando os profissionais a prestarem informações na CPI acerca dos valores acima do teto constitucional.
Ele relembrou também a aprovação da Lei Nº 1.439/2020, que institui o modelo de gestão integrada, meritocracia e produtividade de serviços no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau) e autoriza o Poder Executivo estadual a terceirizá-los parcialmente, qualificar entidades sem fins lucrativos, como organizações sociais, mediante contrato de gestão, e outorgar concessão de unidade de saúde pública.
“Aprovamos essa lei para valorizar os profissionais e melhorar o atendimento médico-hospitalar aos pacientes”, afirmou.
O parlamentar citou ainda a falta de equipamentos essenciais para exames importantes e urgentes para a população.
“Muitos estão reclamando que não há cirurgias ortopédicas. Ainda estamos na pandemia, mas isso não pode ser mais desculpa para não realizar os procedimentos. Não temos itens básicos como anestésicos e linha para sutura. Uma ressonância magnética é uma dificuldade muito grande. Porém, tenho certeza da sensibilidade do governador Antônio Denarium, um homem trabalhador e que vem fazendo o melhor pelo Estado”, ressaltou.
O deputado Gabriel Picanço (Republicanos) corroborou o discurso do colega e confirmou a falta de anestesia nas unidades de saúde, afirmando que o problema é administrativo.