Projetos de Braille promovem inclusão social nas escolas de Boa Vista

Seis escolas da rede municipal atendem crianças com deficiência visual ou baixa visão

Por: PMBV | Foto: Jonatas Oliveira

É através do Sistema Braille de Ensino que pessoas cegas ou com baixa visão têm acesso à leitura e a escrita tátil em todo o mundo. Em Boa Vista, este método de ensino entrou na rede municipal em 2018 e hoje seis escolas trabalham com esse sistema de leitura, promovendo uma educação cada vez mais inclusiva.

O sistema não só ensina a criança com deficiência visual, como também promove a inclusão destes com os  demais alunos no ambiente escolar. As crianças contam com um professor de Braille na sala de aula e ainda tem o apoio pedagógico das Salas de Recurso Multifuncional.

A ideia é promover uma maior interação da Lara e Sophia na sala de aula e nos ambientes de convivência. Foi também confeccionado um tapete sensorial como um recurso pedagógico que ajuda no desenvolvimento tátil das alunas, promovendo também experimentos com os demais. A escola conta material adaptado para o ensino, acessibilidade com piso tátil e identificação das salas em Braille.

“BRAILLE EM TODO LUGAR” – Este outro projeto é desenvolvido pela professora, Evânia Pereira, que atende crianças com deficiência visual em duas escolas municipais, a Arco-íris e Ioládio Batista. Sua vida profissional é dedicada aos seus alunos Nicolas David e Helena Godói, 7 anos. O projeto surgiu para promover a integração destas crianças e levar o braille para a realidade de outras pessoas.

Evânia também é autora de um livro em braille “O desejo de Sofia”, uma ideia que surgiu para que as demais crianças da turma conheçam o universo das alunas. Hoje todos têm um contato próximo com o livro adaptado para criança com deficiência visual, levam para casa e desfrutam de leitura com a família. Essa atividade faz parte da rotina na sala de aula do Nícolas e Helena.

“Com esse projeto divulgamos o braille, trazemos a comunidade escolar para conhecer também. Cada criança tem sua necessidade individual então a maneira que eu trabalho com a Helena, que tem resíduo visual, não é a mesma do Nícolas. Com ela consigo trabalhar atividades ampliadas, com ele só o braille. É um trabalho individual, mas eles estudam o que os outros colegas estão estudando. Isso é inclusão e faz muito bem para os dois”, disse.

Educação Braille – Desde 2018, este método de ensino começou no município. Surgiu da necessidade de efetivar a inclusão do aluno cego por meio do sistema Braille de ensino, tornando-o mais autônomo, dentro e fora do ambiente escolar. Hoje, quatro profissionais atuam na rede, atendendo oito crianças com cegueira na sala de aula, em parceria com o professor titular.

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