Vítimas de violência sexual passam a integrar grupo prioritário para vacinação contra HPV

Por: Redação | Foto: Comunicação Butantan


Conforme medida aprovada pelo Ministério da Saúde no início de agosto, vítimas de violência sexual, homens e mulheres, de nove a 45 anos de idade que ainda não são vacinadas ou não completaram o esquema de imunização contra o papilomavírus humano (HPV), passam a integrar o grupo prioritário para vacinação contra vírus no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Nota Técnica nº 63, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente/SVSA , da Secretaria de Atenção Primária à Saúde/SAPS e Secretaria da Saúde Indígena/SESAI, instrui a inclusão imediata da vacina HPV no protocolo de atendimento realizado na rede de atenção à saúde do SUS que prestam assistência às vítimas de violência sexual.

Na saúde indígena, caso o serviço do primeiro atendimento não possua sala de vacina, as equipes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) deverão se organizar e agilizar a oferta do imunizante à vítima de violência.

A ampliação do público-alvo é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Associação Pan-Americana de Infectologia (API). Até julho, a vacina contra o HPV era disponibilizada somente para crianças e adolescentes com idades entre nove e 14 anos e pessoas de nove a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras.

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde divulgou um Boletim Epidemiológico com dados sobre violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, considerando meninos e meninas. O levantamento revelou 202.948 casos registrados entre os anos de 2015 e 2021, sendo 35.196 notificações deles apenas em 2021, maior número do período analisado. 

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