Academia Roraimense de Letras preserva cultura e história de Roraima

Fundada em 1989, a entidade já teve como membro o autor do hino de Roraima, Dorval de Magalhães
Por: Isaque Santiago | Foto: divulgação
Criada para promover a arte, literatura e a cultura de Roraima, a Academia Roraimense de Letras (ARL) completou 34 anos de fundação no dia 9 de janeiro de 2023. A entidade atualmente é composta por escritores, poetas, jornalistas, historiadores, professores e demais personalidades que se destacam na área cultural local.
O secretário geral e membro da ARL, o advogado e escritor Clotilho Filgueiras, ressaltou que a academia tem uma participação importante no desenvolvimento cultural do Estado, valorizando e difundindo o conjunto das manifestações artístico-culturais do Estado de Roraima.
“A instituição foi criada com a finalidade de congregar pessoas de notória expressividade no estado, nas atividades literárias e artísticas, nas mais diversas formas de expressão e desde sua fundação vem promovendo a cultura local”, explicou.

Foto: arquivo pessoal/Clotilho Filgueiras
A organização foi declarada entidade de utilidade pública por meio do decreto legislativo nº 005 de 2001. Atualmente tramita no poder legislativo estadual um projeto de lei para que o Governo do Estado doe o prédio da Casa de Cultura Madre Leotávia Zoler para ser a sede da ARL. O prédio foi a primeira residência oficial de um governador de Roraima e atualmente encontra-se em situação de abandono, aguardando o início de obras de recuperação da estrutura.
Entre figuras importantes da sociedade roraimense que já passaram pela ARL estão o autor do hino de Roraima, Dorval de Magalhães e o ex-governador Ottomar de Souza Pinto. Atualmente, a ARL conta com 33 cadeiras, cada uma leva o nome de um patrono.
“O patrono é uma pessoa importante da história local ou da literatura nacional. Seu legado servirá de inspiração e sua história será sempre lembrada pelo membro da cadeira no decorrer de sua permanência na instituição”, pontuou Filgueiras.
Atualmente as cadeiras estão distribuídas da seguinte forma:
CAD. | MEMBRO ATUAL | PATRONO |
01 | Marcos Jorge de Lima | Marechal Rondon |
02 | Adail Maduro Filho | Adail Maduro |
03 | Luiza Carmen Brasil Bueno (Petita Brasil) | Oder Brasil |
04 | Célio Macedo da Fonseca | Aurélio Buarque de Holanda |
05 | Clotilho de Matos Filgueiras Sobrinho (Tilho Filgueiras) | João Capistrano da Silva Mota |
06 | Fernando Antônio Quintella Ribeiro | Stanilaw Ponte Preta |
07 | Alcir Gursen De Miranda | Carlos Gomes |
08 | Antônio Barbosa da Silva (Poeta) | Olavo Bilac |
09 | Rita de Cássia Costa Pereira | Maria Júlia Lima Reis |
10 | Consuelo Duarte de Oliveira | Aquilino Mota Duarte |
11 | Ana Célia de Oliveira Paz | Luiz Gonzaga |
12 | Jader Cabral Costa | Pedro Teixeira |
13 | Afonso Rodrigues de Oliveira | Monteiro Lobato |
14 | Jadir Corrêa da Costa | Ulisses Paz de Azevedo Filho |
15 | Getúlio Alberto de Souza Cruz | Tenente Luis Guimarães |
16 | Júlio Martins | Antônio Augusto Martins |
17 | Cecy Lya Brasil | Maria das Dores Brasil |
18 | Luis Aimberê Soares de Freitas | Antonio Ferreira de Souza |
19 | Carlos Alberto Alves | Ferreira Goulart |
20 | Reginaldo Gomes | Lobo D’Almada |
21 | Parimé Lima | João Evangelista de Pinho |
22 | Mauricio Zouein | Jaceguai Reis Cunha |
23 | Walber David Aguiar | Genésio Aguiar |
24 | Shirley Rodrigues | Índio Ajuricaba |
25 | Zanny Adairalba | Casimiro de Abreu |
26 | Sebastião Moura (Sabá Moura) | Adolpho Brasil |
27 | José Miranda de Aquino | Cora Coralina |
28 | Alcides Magalhães Lima | Inácio Lopes de Magalhães |
29 | Jamil Moisés Xaud Júnior | Jamil Moisés Xaud |
30 | Francisco Cândido | José de Alencar |
31 | Raul Pinto | Voltaire Pinto Ribeiro |
32 | Helder Girão Barreto | Natanael Gonçaves |
33 | Damásio Douglas | Ana Libória |
A academia tem um papel fundamental na promoção da educação, no resgate da memória cultural, valorização dos escritores locais e fortalecimento da identidade cultural do estado, destacando as particularidades e riquezas da cultura local.
Com isso, a academia colabora para que a sociedade roraimense tenha mais conhecimento sobre sua história, literatura e cultura, fortalecendo assim o sentimento de pertencimento e identidade cultural.