Agricultores indígenas de Boa Vista iniciam plantio de Melancia
Na Comunidade Indígena Vista Alegre, região do baixo São Marcos, já são 1.000 covas semeadas com previsão de ampliação para duas mil na próxima safra
Por: Semuc | Foto: Semuc
A comunidade indígena Vista Alegre iniciou nesta semana o plantio de 1 mil covas de melancia, por meio do Projeto Hortifrúti (HF). Atualmente, as comunidades Vista Alegre, Darôra e Serra da Moça são os polos referência de produção e contam com apoio da Prefeitura de Boa Vista.
Desde 2018, o município vem beneficiando em torno de 80 famílias da agricultura familiar indígena, que contam com toda assistência técnica e insumos. É a Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI) quem desenvolve o projeto de lavoura nas comunidades indígenas e acompanha os produtores em todo o processo de plantio até a colheita e escoamento da produção.
Na primeira safra 2023, as comunidades indígenas de Boa Vista colheram cerca de 360 toneladas de melancia, em uma área de aproximadamente 12 hectares de nove comunidades, em parceria com a Prefeitura de Boa Vista. O 1º Tuxaua da Comunidade Vista Alegre, Dinarte Pereira da Silva, frisou que a meta é ampliar para duas mil covas o plantio, buscando aumentar a produção.
“Nós esperamos só aqui na comunidade colher uma média aproximada de 200 toneladas do fruto, que abastece as escolas. Vendemos aqui dentro da comunidade e o excedente entregamos para a venda nas feiras livres. Agradecemos muito por todo o apoio da Prefeitura de Boa Vista com o projeto, que está contribuindo para melhoria da renda aqui nas comunidades indígenas” concluiu.
HF – O Projeto Hortifrútis atende as comunidades: Serra da Moça, Morcego, Ilha, Campo Alegre, Vista Alegre, Vista Nova, São Marcos, Darôra, Comunidade do Milho e Truaru da Cabeceira e Bom Jesus, com a produção de melancia e melão entre outras culturas.
O secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas Guilherme Adjuto destacou que o Projeto Hortifrúti foi implantado para transformar a realidade dos agricultores indígenas.
“Somado a isso, foram entregues insumos, sementes, implementos como o perfurador que reduziu o tempo de abertura das covas em até 15 dias. São investimentos que, com certeza, incentivam eles a produzir mais”, disse.