Com aumento de casos no país, ações de enfrentamento ao Aedes aegypti são intensificadas em Boa Vista

Além das ações, município pede ajuda da população para colaborar com os cuidados em seus imóveis para eliminar focos do mosquito

Por: Redação | Foto: Diane Sampaio


As ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, trasmissor da dengue, zika e chikungunya, estão sendo intensificadas em Boa Vista. Com o aumento no número de casos de dengue em todo o país, agentes de combate às endemias do município estão nas ruas, em visitas domiciliares, dando orientação aos moradores.

O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2023 apontou média de 1,3% de infestação pelo mosquito transmissor na capital, a mais baixa do ano. Já nas primeiras semanas de 2024, foram confirmados 5 casos de dengue e descartadas 54 suspeitas para a doença.

Durante a pesquisa para o LIRAa, foram visitados 8.300 imóveis na capital. Os pontos de maior incidência do mosquito da dengue ainda são as residências, tendo como principais pontos de criadouros os bebedouros de animais, caixa d’água, pneus, vaso de plantas e o lixo doméstico.

Dentre outras estratégias, estão sendo feitos bloqueio vetorial para todos os casos notificados, controle em pontos estratégicos com aplicação de larvicida, monitoramento de Aedes aegypti em abrigos, além de notificação de terrenos, construções e imóveis em situação de abandono e contratação de mais 30 agentes de endemias.

Vacina Qdenga

Nas próximas semanas, começa a distribuição das primeiras doses da Qdenga, vacina exclusiva contra a dengue, divulgada pelo Ministério da Saúde. Segundo os critérios definidos pelo MS, as vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de população residente igual ou maior a 100 mil habitantes com alta transmissão nos últimos dez anos, levando também em conta os dados dos últimos meses. Boa Vista está entre os dez municípios roraimendes priorizados pelo Governo Federal.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas e, inicialmente, terá como público-alvo, crianças e adolescentes, de 10 a 14 anos – faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue.

Para evitar a propagação do Aedes aegypti, a população precisa fazer sua parte descartando o lixo corretamente e em dias de coleta, mantendo limpos e trocando diariamente a água dos recipientes dos animais, realizando limpeza frequente de quintais e calhas e perfurando ou eliminando qualquer tipo de recipiente que acumule água parada.  

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