Polícia registra 1.190 casos de golpes virtuais nos últimos três anos em RR
A maioria dos golpes foram aplicados por meio do WhatsApp, somando mais de 1 mil casos nos últimos anos
Por Isaque Santiago | Foto: divulgação
De janeiro de 2020 a abril de 2022, a Polícia Civil registrou 1.190 casos de golpes virtuais envolvendo WhatsApp e Facebook em Roraima. Deste total, 1002 foram por meio do WhatsApp e 188 pelo Facebook. Em entrevista ao Conexão Boa Vista, o delegado Herbert Amorim deu algumas dicas para evitar cair em golpes.
Quando se trata apenas de golpes aplicados pelo WhatsApp, durante todo o ano de 2020 foram registrados 500 casos. Em 2021 foram 391, e de janeiro a abril deste ano, foram registrados 111 casos. Quanto aos golpes aplicados por meio do Facebook, em 2020 foram registradas 67 ocorrências, em 2021 foram 92 casos e nos quatro primeiros meses deste ano foram feitos 29 registros.
“É um tipo de crime que não se combate com policiais nas viaturas, circulando pela cidade. Vai sempre acontecer porque ocorre dentro de casa, com a pessoa com o telefone na mão. Então, a melhor forma é a orientação e a prevenção, ensinar as pessoas algumas ferramentas e mecanismos para que não caiam nesse tipo de golpe”, pontuou o delegado.
Ele atribuiu a leve redução no número de casos de golpes aplicados pelo WhatsApp às campanhas de orientação e pelo fato de que o modo de operação dos golpistas já ser conhecido por muitos. No entanto, apesar da leve redução no número de registros, ele acredita que o número possa ser maior.
“Muitas pessoas caem em golpes e preferem não registrar um Boletim de Ocorrência por achar que não vai dar em nada ou por vergonha de ter sido uma vítima. É importante frisar que em os ambos casos é fundamental fazer o registro da ocorrência. Primeiramente, qualquer um pode cair em um golpe, da pessoa mais graduada até a menos instruída e segundo, porque mesmo que o caso não seja solucionado, com o registro a Polícia fica informada das novas modalidades de golpe dos criminosos, podendo atuar de forma mais eficiente em futuras investigações”, explicou.
Como evitar cair em golpes?
O golpe mais comum no WhastApp atualmente é o golpista se passar por alguém conhecido da vítima usando a mesma foto de perfil. “Quando algum amigo, familiar ou conhecido entrar em contato pedindo dinheiro, ainda mais se for em um número que você não tenha salvo, peça para ela mandar áudio, liga para a pessoa antes de fazer qualquer transferência de dinheiro”, aconselhou o delegado.
Quanto aos golpes aplicados no Facebook, o mais comum é a venda de produtos, móveis, automóveis, eletrônicos e eletrodomésticos. A primeira dica é desconfiar de preços abaixo do valor de mercado do produto à venda.
“Ninguém vende nada abaixo do valor de mercado. Se a coisa é muito barata, suspeite. Por mais que seja bonita ou comovente a história que justifique o preço baixo, suspeite”, recomendou Amorim.
O delegado também ressaltou que é importante verificar todas as informações e só fazer a transferência se já tiver verificado o produto pessoalmente. “Também é fundamental conferir a veracidade do site e desconfiar de links enviados por mensagem”, concluiu.