Projeto Orinoco atendeu em oito meses 10,7 mil migrantes e refugiados em Pacaraima e Boa Vista

Pessoas em extrema vulnerabilidade social e econômica foram assistidas com serviços de água, saneamento e higiene

Por: Bruna Cássia com informações da Cáritas em Roraima

De novembro de 2020 a 31 de julho de 2021, a Cáritas em Roraima, por meio do Projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras, atendeu 10.766 mil migrantes e refugiados vindos da Venezuela com serviços de água, saneamento e higiene.

Esta é a segunda fase do projeto, que reabriu as instalações sanitárias em novembro passado e atende, especialmente, pessoas em situação de rua. Já são oito meses de atendimento.

O assessor local de monitoramento, Wellthon Leal, explica que o número superou o esperado e acredita ter relação com a reabertura parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela em junho deste ano.

“No mês de julho houve um grande aumento de cadastros e acessos às instalações do Projeto Orinoco, sobretudo em Pacaraima [cidade fronteira com o país vizinho ao Brasil]. Em Pacaraima, os acessos saíram de 1.018 em junho para 3.025 em julho, cerca de três vezes mais”, contou Leal.

O perfil da população atendida e o quantitativo são acompanhados e publicados mensalmente pela equipe de monitoramento do projeto na plataforma de dados Power Bi, informou a Cáritas. Os dados pode ser acessados aqui.

PROJETO ORINOCO

O Projeto Orinoco é financiado pela Agência dos Estados Unidades para o Desenvolvimento Internacional e Bureau for Humanitarian Assistance (BHA/USAID) e atende a população em extrema vulnerabilidade social e econômica, que vive na capital Boa Vista e em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, desde 2019.

O projeto possui locais estruturados com banheiros, duchas, lavanderias e bebedouros nas duas cidades. Na capital são três instalações e em Pacaraima, uma.

OUTRAS INSTALAÇÕES

Além das instalações sanitárias, o Orinoco também promove melhorias de água e saneamento em 15 ocupações espontâneas, que são ocais que possuem estruturas

improvisadas, atendidas pela Cáritas em Roraima, na capital do estado e na fronteira com o país vizinho.

Nestes locais, são garantidos módulos de banheiro, com sanitário, chuveiro e pias; estações de lavagem de roupas; melhorias nas estruturas já construídas pelas comunidades; e distribuição de kits de limpeza e de higiene pessoal, com momentos educativos, como resposta de proteção ao Coronavírus.

Em abril deste ano, o Projeto Orinoco também estendeu as ações para as comunidades indígenas Tarau Paru, Sorocaima e Bananal, na região do Alto São Marcos, em Roraima, que têm recebido indígenas Taurepang do lado venezuelano, diante ao agravamento na crise migratória, política e econômica, enfrentada pela Venezuela desde 2015.

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